quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Catarina de Bragança", Isabel Stilwell

 
Título: Catarina de Bragança - Princesa de Portugal e Rainha de Inglaterra;

Autor: Isabel Stilwell;

Nº de páginas: 644;

Preço: 23€.



Sinopse:

Com 23 anos a infanta Catarina de Bragança, filha de D. Luísa de Gusmão e de D. João IV, deixou para trás tudo o que lhe era querido e próximo para navegar rumo a uma vida nova. No coração um misto de tristeza e alegria. Saudade da sua Lisboa, de Vila Viçosa, do cheiro a laranjas, dos seus irmãos que já haviam partido deste mundo e dos que ficavam em Portugal a lutar pelo poder. Mas os seus olhos escuros deixavam perceber o entusiasmo pelo casamento com o homem dos seus sonhos, Charles de Inglaterra, um príncipe encantado que Catarina amava perdidamente ainda antes de conhecê-lo. Por ele sofreu num país do qual desconhecia a língua, os costumes e onde a sua religião era condenada. Assistiu às infidelidades do marido, ao nascimento dos seus filhos bastardos enquanto o seu ventre permanecia liso e seco, incapaz de gerar o tão desejado herdeiro. Catarina não foi capaz de cumprir o único objectivo que como mulher e rainha lhe era exigido. «Se ao menos não o amasse tanto!», pensava nas noites mais longas e tristes... Ao longo destas páginas apaixonamo-nos, sofremos, rimos e choramos.

Resumo:

Uma palavra: adorei! 
Gosto de acreditar que Catarina de Bragança, nascida filha de um duque e feita infanta de Portugal, para depois assumir o papel de Rainha de Inglaterra, foi mesmo como a escritora a descreve. Forte, delicada e com uma graça, perspicácia e inteligência que a tornam um autêntico modelo a seguir!
A nível de pormenores da época, achei deliciosos todos os pormenores que constituem o livro, desde as descrições dos quartos, às roupas e às introgas na corte. 
A escrita de Isabel é fluida e transporta-nos até a um século passado, longe no tempo, onde Portugal ainda lutava pela independência de Castela. 
Catarina, apesar de ter visto muitos dos seus sonhos e esperanças afogados no rio Tamisa, mudou a vida de um homem que todos pensavam estar irremediavelmente condenado e espalhou a sua generosidade e bondade num reino onde apenas a cobiça e as linguas viperinas eram comuns no dia-a-dia.
Aconselho vivamente este livro, especialmente para alguém que, mesmo que não goste de romances históricos, porque facilmente nos abstraímos dessa vertente tal é a intensidade com que vivemos os dramas desta grande mulher, pricura uma verdadeira inspiração feminina.
Para finalizar, gostaria de dar ênfase à última frase do resumo do livro, porque se torna verdade. É um daqueles livros que deixa um vazio quando o viramos a última página e constatamos que chegamos ao fim.

domingo, 4 de novembro de 2012

"A Essência da Lâmina", Filipe Faria


Título: A Essência da Lâmina;

Autor: Filipe Faria;

Colecção: Crónicas de Allarya - Vol. IV;

Nº de páginas: 480;

Preço: 15€.








Sinopse:

Pearnon, o Escriba, continua a contar a história de um mundo que um dia foi seu, ao longo de incontáveis e conturbadas Eras desde a sua criação. No livro anterior, a dolorosa e sangrenta demanda que levou Aewyre Thoryn e os seus companheiros através de Allaryia, saldou-se numa pesada derrota, apesar de terem conseguido escorraçar os exércitos de Asmodeon, pois O Flagelo regressou das sombras. Agora que o pai de Aewyre morreu para salvar o próprio filho, este parte para a Cidadela da Lâmina, um inquietante local de segredos ocultos. O jovem príncipe terá de aprender a dominar a Essência da Lâmina, uma poderosa energia marcial, que partilha com Kror. Este é o quarto volume das Crónicas de Allaryia, de Filipe Faria, um jovem e promissor pioneiro da high fantasyportuguesa.

Opinião:

Adorei, talvez mais do que aos outros! Este livro é uma espécie de transição da "introdução", composta pelos 3 primeiros livros, e a "conclusão", ou seja, depois do (re)surgimento d' O Flagelo e deste dar início aos seus planos para conquistar toda Allarya. 
Mais uma vez, aqui a história dos vários personagens é-nos apresentada em cada capítulo, de forma separada, dado que todos seguiram caminhos diferentes. 

Quenestil e Slayra continuam a ser, sem dúvida, os meus personagens favoritos. Apesar de todas as discussões que têm e mal - entendidos, continuo a adorar a relação e as personalidades dos dois. 
Finalmente, alguma evolução na relação de Lhiannah e Aewyre! Mal posso esperar por ver mais no próximo volume! Relativamente a este, penso que, tendo em conta o ponto em que este ficou, ainda vai ter muito que desenvolver antes da acção propriamente dita. 
Começa-se a notar um maior desenvolvimento a nível politico, iniciado no volume anterior, quando os companheiros se vêem em apuros em Alyun. 
Algumas surpresas, tanto agradáveis como desagradáveis, como a derradeira confirmação da morte de Babaki e o renascimento de Tanath que vai levantar algumas dúvidas entre Slayra e Quenestil. 
Bem, para não desvendar mais do que devo, quero só acrescentar que é uma saga de que estou a gostar imenso, facilmente comparável a Eragon e que me está a mostrar um mundo novo cada vez mais complexo!