"As Cinquenta Sombras de Grey", E.L. James

Título: As Cinquenta Sombras de Grey:

Autor: E.L. James;

Colecção: As Cinquenta Sombras;

Nº de Páginas: 552;

PVP: 15,93€.





Sinopse:

Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta - os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? As Cinquenta Sombras de Grey é o primeiro volume da trilogia de E. L. James que é já o maior fenómeno literário do ano em todos os países onde foi publicado.

Opinião:

Pronto, agora já sei do que toda a gente fala. E, o que tenho a dizer, é que concordo com a maioria das outras pessoas. Este é um livro envolvente, fascinante e viciante. Trata o sexo de forma pura e dura, tem uma linguagem muito bruta e não deve ser lido por pessoas nem muito jovens nem muito sensíveis.

As personagens são deliciosas. Christian Grey é hipnotizante, mesmo sem o vermos conseguimos imaginar o seu olhar cinzento e ardente. Quando a Anastasia Steele... Sim, gosto dela, gosto da sua personalidade e candura. Mas há uma vozinha atrás na minha cabeça que ainda se pergunta qual é a rapariga de 21 anos que nunca ouviu sequer falar de bondage, por exemplo? Mesmo que não saiba o que é, de certo já ouviu a palavra... Ou serei eu que estou a ser demasiado dura?
Quanto ao tema sexual em si, não consigo exprimir-me sem evocar a minha mãe. Ela leu o livro antes de mim e, ao debate-lo comigo, eu perguntei-lhe se não tratava um pouco de sadomasoquismo, ao que ela respondeu que não. Ora, meus amigos, sem queres aprofundar muito o tema com ela, se ela não considera bondage, chicotadas e afins como sadomasoquismo, eu nem quero começar a imaginar o que será que ela considera sadomasoquismo.............
Ok, para tirar esta ideia da minha cabeça que, devo confessar, é um pouco perturbadora, gostaria de acrescentar que, apesar de tudo, James conseguiu criar uma história deliciosa, com muito sexo à mistura, personagens captivantes e misteriosas que nos deixam curiosos e presos até à última página.
Convém mencionar as cenas de sexo constantes. Como a minha mãe o lera antes, já tinha ideia disso, motivo pelo qual não fui apanhada desprevenida e consegui disfrutar da história para além delas. Já a linguagem é um bocado brusca e surpreendeu-me um pouco, mas também, nada que não se veja em filmes do quotidiano.
No que se refere à história propriamente em si, devo dizer que sim, é uma história muito pouco plausível e irrealista, mas não deixa de ser interessante: um homem lindo de morrer e rico como tudo, mas com uns gostos um pouco dúbios, vê-se atraído pela jovem Ana, de 21 anos, ainda virgem. Esre facto entusiasma ainda mais o bilionário e vai faze-lo levar Ana a descobrir a sua sexualidade da forma menos provável, através de contratos de confidencialidade, contratos sexuais, regras, limites e palavras de segurança. 
Agora, em jeito de resumo, sim, 75% do livro são cenas de sexo, mas a história de amor dos outros 25% é deliciosamente terna. O quebrado Mr. Grey faz-nos a nós próprias ter vontade de o animar e acalmar e aconchegar. Delicioso!